Sangue

BIOQUÍMICA

Os exames de bioquímica são realizados com a fração liquida do sangue, denominado soro, de cor amarelo claro. Os exames que podem ser realizados incluem uma serie de proteínas, lipídios, carboidratos e outros de importância médica, que permitem chegar muitas vezes à um diagnóstico correto de alguma doença.

Divisão das frações básicas do sangue



EXAMES BÁSICOS REALIZADOS

Diabetes e outras desordens dos carboidratos ("Açúcares")

Glicose (Glicemia de jejum)

A dosagem da Glicose no sangue é empregada na avaliação do metabolismo da glicose (controle de produção, consumo e armazenamento), diagnosticando os diversos estados de hipoglicemias e hiperglicemias, como por exemplo, o diabete mellitus.

Glicose Pós-Prandial

O exame geralmente é feito por pessoas portadoras de diabetes, mas também, para diagnosticar possiveis alterações glicêmicas após carga de glicose. Nesse exame é coletado uma amostra em jejum do paciente, em seguida o mesmo ingere uma carga de glicose (75g de glicose (dextrose)) que equivale ao almoçar por exemplo. Após duas horas, é coletado nova amostra e os valores são analisados para identificar qual a situação do organismo frete a alimentação.

TOTG (Teste de tolerância oral a glicose) 

Esse exame serve para rastrear diabetes em pacientes com suspeita alta da doença; diabetes gestacional ou que tenham tido alterações mais de uma vez na glicemia de jejum; ou a critério médico. Nesse exame é coletado 4 amostras em diferentes etapas. Primeira amostra em jejum; logo em seguida o paciente ingere 75g de glicose (dextrose); Após 1 hora é coletado a segunda amostra; outra após 2 horas e por fim após 3 horas. Através de um gráfico é feito uma análise dos resultados segundo a Associação americana de diabetes (ADA) o que identifica a capacidade de metabolização da glicose no organismo.

Lipídios ("gorduras no sangue")

Colesterol total

O colesterol é um tipo de gordura encontrada em nosso organismo e tem a importante função de constituir as membranas das nossas células, bem como funcionar como matéria prima na síntese de hormônios, inclusive os sexuais, e auxiliar no metabolismo de vitaminas lipossolúveis, como a vitamina D. Porém em excesso, é o principal fator de predisposição a doenças cardiovasculares, como o infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

HDL

O Colesterol HDL é chamado de colesterol bom, pois atua impedindo o depósito de gordura nas artérias e, por isso, deve ser encontrado em boas concentrações no organismo. Quando o colesterol HDL se encontra baixo, ou seja, menor do que 40mg/dl, o risco do indivíduo vir a sofrer de alguma doença cardiovascular aumenta, devido ao acúmulo de placas de gordura nas artérias. Em termos simples o HDL promove a retirada do excesso de colesterol da corrente sanguínea e dos tecidos em geral, contribuindo para evitar as doenças coronarianas.

LDL

O LDL é chamado colesterol ruim, pois transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos, que em quantidade excessiva se deposita nas artérias, formando as placas de ateroma, que são depósitos de gorduras na parede dos vasos sanguíneos, 

VLDL

O VLDL é também é uma lipoproteína, ou seja um tipo de colesterol. Também em excesso é prejudicial, levando a acúmulos de placas nos vasos. Poderíamos dizer que é um "parente próximo do LDL.  Apesar de também participar do transporte de colesterol, sua grande missão é carregar os triglicerídeos, um outro tipo de gordura.

Triglicerídeos


Os triglicerídeos (ou triglicérides) é um tipos de gorduras que podem ser produzidas pelo organismo ou ingeridas através dos alimentos. Funciona como a forma que o organismo utiliza para "estocar a gordura". Altos níveis de triglicerídeos (acima de 200mg/dL) - o normal é abaixo de 150mg/dL, associam-se à maior ocorrência de doença cardiovascular. É comum altos níveis de triglicerídeos acompanhar-se de baixos níveis de HDL e altos níveis de LDL, levando ao quadro de dislipidemia.


Enzimas

ALT (TGP)


A dosagem da Alanina Aminotransferase (ALT ou GPT) no soro é empregada principalmente para avaliar as hepatopatias (problemas no fígado). Valores altos são encontrados em: hepatite infecciosa e tóxica, cirrose, pancreatite, icterícia obstrutiva, carcinoma hepático, icterícia biliar.


AST (TGO)
A dosagem da Aspartato Aminotransferase (AST ou TGO) no soro é empregada principalmente para avaliar as hepatopatias (problemas no fígado). Valores altos de AST são encontrados em: hepatite infecciosa e tóxica, cirrose, pancreatite, infarto do miocárdio, alcoolismo, mononucleose, poliomiosites, gangrena.

Gama GT

O Gama G T (Gama glutamil transferase) é uma enzima encontrada em vários orgãos: fígado, rim e em menores concentrações no baço, trato biliar, pâncreas, intestino, coração e cérebro. No fígado, esta enzima está localizada nos canalículos das células hepáticas e nas células epiteliais dos ductos biliares e devido a esta localização característica, a enzima aparece alterada em quase todas as desordens hepatobiliares (Fígado e Vesícula Biliar). Em geral é um marcador sensível a agressões hepáticas, como as induzidas por cálculo biliar, medicamentos, álcool e outros.

Sistema Hepatobiliar (Figado e vesícula biliar)

Bilirrubinas (Frações Direta e Indireta)

A dosagem das bilirrubinas tem aplicação no diagnóstico e acompanhamento das icterícias ("amarelão"). As causas mais comuns de aumento da bilirrubina direta são as doenças hepatocelulares e as obstruções das vias biliares. Valores altos de bilirrubina indireta ocorrem nas seguintes situações: Quando há um aumento na produção de bilirrubina como nas diversas causas de hemólise. Quando há uma diminuição no transporte da bilirrubina por ação de medicamentos e anticorpos. Por defeito na captação da bilirrubina ou na conjugação da bilirrubina (icterícia fisiológica do recém-nascido, síndrome de Gilbert, etc).

Aminoácidos e Proteínas

Ácido Úrico

A dosagem do Ácido Úrico no sangue, urina e outros líquidos biológicos são empregados principalmente para avaliar doenças metabólicas genéticas (gota), doenças renais, e patologias como leucemias, linfomas, etc. Fatores como: sexo, peso, idade, raça, predisposição genética, diabetes, ingestão excessiva de álcool, proteínas e determinados medicamentos, estão também relacionados com alterações nos níveis de ácido úrico sanguíneo.

Proteínas Totais

A concentração de proteína total no soro está aumentada em pacientes com desidratação, mieloma múltiplo, macroglobulemia, lupus eritematoso, artrite reumatóide, sarcoidose, infecções crônicas, linfogranuloma e endocardite bacteriana sub-aguda. A concentração de proteína total do soro está diminuída na hiper-hidratação, desnutrição grave, insuficiência renal, nefrose, queimaduras graves, síndrome de má absorção, deficiência de cálcio e vitamina D.

Albumina

A dosagem de Albumina no soro é muito empregada para avaliar o estado nutricional da pessoa e também para acompanhar doenças renais com proteinúria, enfermidades hepáticas avançadas e casos de desidratação.





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